Folclore na região Sudeste

11/06/2013 20:31

 

Região Sudeste ( Rio de Janeiro • São Paulo • Minas Gerais • Espírito Santo 

 

1- Danças: fandango, folia de reis, catira, batuque e quadrilha.

Fandango

Dança popular gaúcha, de origem portuguesa, também conhecida no Norte e Nordeste como Marujada. Ao som da viola ou da sanfona, o grupo de dança mistura cantigas náuticas, de origens que retratam as conquistas marítimas e o heroísmo dos navegadores portugueses, e o sapateado. Esse bailado não possui enredo ordenado, mas a apresentação do auto começa sempre com a chegada de uma miniatura de barco à vela puxado pela tripulação, que é formada pelos componentes do grupo de dança.

Quadrilha; 
Quadrilha é uma contradança de origem inglesa em compasso de 6 / 8, na qual quatro pares se situam frente a frente. Teve o seu apogeu no séc. XVIII, em França, onde recebeu o nome de anglaise. Tornou-se muito popular nos salões aristocráticos e burgueses do séc. XIX em todo o mundo ocidental.
No Brasil, a quadrilha é parte das comemorações chamadas de festas juninas. Um animador vai pronunciando frases enquanto os demais participantes, geralmente em casais, se movimentam de acordo com as mesmas. Para alguns cientistas sociais, especialmente antropólogos, tal forma de entretenimento representa uma permanência do pensamento evolucionista muito em voga principalmente no século XIX, onde pessoas que residem em meios urbanos agem de forma estereotipada, zombando dos moradores de áreas rurais mesmo sem se darem conta.

2- Festa tradicionais: Carnaval; Festas juninas; Rodeios.

Carnaval 
O carnaval é um período de festas profanas regidas pelo ano lunar que tem suas origens na Antiguidade e recuperadas pelo cristianismo, que começava no dia de Reis (Epifania) e acabava na Quarta-feira de cinzas, às vésperas da Quaresma. O período do carnaval era marcado pela "adeus à carne" ou "carne vale" dando origem ao termo "carnaval". Durante o período do carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes. O carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX. A cidade de Paris será o grande modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. Cidades como Nice, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro se inspirariam no carnaval francês para implantar suas novas festas carnavalescas. Atualmente o carnaval do Rio de Janeiro, Brasil é considerado um dos mais importantes desfiles de carnaval do mundo. Em Portugal, existe já uma grande tradição carnavalesca, nomeadamente os carnavais de Loulé, Sesimbra, Rio Maior e Torres Vedras, destacando-se Torres Vedras, possuindo o carnaval mais antigo e mais português de Portugal, mantendo-se popular e fiel à tradição rejeita o samba e outros estranjeirismos.


3- Lendas: Lobisomem, Mula-sem-cabeça, Iara, Lagoa Santa.

A Iara

Uma sedutora sereia que atrai os homens até o fundo do mar, a Iara é metade mulher, metade peixe. Mora no fundo das águas - doces ou salgadas, não importa - e aparece no final da tarde, encantando os homens com sua canção mágica, que os hipnotiza e lhes faz se afogarem.

Diz-se que nenhum homem resiste a seu canto. Um certo dia, o índio Tapuia a viu surgindo das águas, escutou seu canto e resistiu: remou depressa de volta para a aldeia. Só que não conseguiu esquecer a música da Iara e acabou voltando para reencontrá-la. O final é controverso: uns dizem que Tapuia e a Iara se casaram e foram felizes para sempre; outros acreditam que ela, sempre buscando novas vítimas, voltava às margens das águas para trazer para o fundo mais e mais pescadores.

 

O Lobisomem

O lobisomem é um homem comum, mas nas noites de sexta-feira, de lua cheia, transforma-se e corre pelos campos, uivando. Invade galinheiros, devora cães e ataca as crianças que encontra pelo caminho. Ao romper da aurora é novamente um homem comum.

Segundo a lenda, um homem vira lobisomem: quando é filho de uma comadre com compadre ou de padrinho com afilhada; quando é filho de uma relação incestuosa; quando é o primeiro homem depois que um casal teve sete filhas mulheres.

O lobisomem não é exclusivo de nosso folclore; pertence ao imaginário europeu e mesmo da Grécia e Roma antigas.

 

 

Mula-sem-cabeça

Dizem que pode virar mula-sem-cabeça a mulher que se envolve com um padre. A mula-sem-cabeça não tem cabeça mas vomita fogo pelas ventas, tem um relincho forte, mas algumas vezes grita como um ser humano. Para desencantá-la é preciso que alguém muito corajoso lhe arranque o cabresto ou pique-a com um alfinete para que sangre.

Ela aparece à meia-noite, em noites escuras, perto de igrejas. Quem a vê, deve deitar de bruços no chão para esconder seus olhos, unhas e dentes para que a mula-sem-cabeça não o ataque.

É também conhecida como Burrinha do Padre e Cavalo-sem-cabeça, de acordo com a região. Em Santa Catarina, a lenda tem uma variação interessante: para saber se uma mulher é amante do padre, é preciso amarrar um ovo em uma fita como nome da mulher e jogar ao fogo. Se o ovo cozer e a fita não queimar, aquela é a amante do padre.

4- Pratos: tutu de feijão, feijoada, ligüiça, carne de porco.

5- Artesanato: trabalhos em pedra-sabão, colchas, bordados, e trabalhos em cerâmica.